Hangar: Diário especial de gravação – Baseado numa história real
Postado em 21/05/2009


postado por Aquiles Priester

Resolvi começar esse texto dessa forma, pois é exatamente isso que está acontecendo aqui no estúdio/sítio onde estamos gravando o novo disco do Hangar.

Esses dias, eu estava relembrando do nosso primeiro dia aqui no sítio, aquele que atolamos pra valer antes de sequer conhecer onde tentaríamos compor as novas músicas. Se não tivéssemos certeza do que estávamos fazendo, provavelmente não teríamos como seguir em frente.

Quando falo tentar, é porque ninguém tinha a menor ideia de para onde iríamos musicalmente e agora todas as músicas estão gravadas, arranjadas, com letras e definitivamente finalizadas. Preciso dizer que realmente acho esse novo disco muito mais maduro e as composições estão muito superiores a tudo que já fizemos. Se no TROYC nós conseguimos escrever uma música como a Call me in the Name of Death, dessa vez fomos mais longe e compusemos músicas muito mais dramáticas e extremamente musicais. As melodias e as letras também ficaram muito superiores ao TROYC e dessa vez não existe nenhuma parte que não foi demasiadamente testada e aprovada pelo teste da memória, que consiste em criar alguma melodia, não gravar e tentar lembrar no dia seguinte, se eu não lembrasse, era por que não boa o suficiente. Ah, uma coisa muito boa, dessa vez o Fábio e o Martinez também ajudaram nas letras… E isso foi um grande alívio, pois escrever letras sem pressão é uma coisa, agora ter que terminar uma letra porque não tem mais o que o vocalista gravar é outra… Tinha dias que eu fica por cinco horas escrevendo e depois jogava tudo fora…

Não tivemos tempo livre, pois trabalhávamos no mínimo 14 horas por dia, e todo mundo sempre buscando o melhor, independente do preço que isso custasse… E olha que às vezes custava caro, pois estávamos no nosso limite da sanidade, mas nós sempre colocávamos a música acima tudo e de todos. O resultado tinha que ser no mínimo o melhor para todos…

Aqui virou a casa dos “autistas” e tivemos que nos virar com todas as manias individuais de cada um… Superamos tudo! Ou quase tudo… Meu amuleto esteve sempre comigo, um quadro do Deen Castronovo (que tenho desde 1995) e um bonequinho que a Juliana (minha filha), me deu para me dar sorte nas minhas apresentações, pois ela disse que o boneco tinha a mão grande como a minha… Sempre estou com esse bonequinho em todos os lugares onde preciso que as coisas dêem certo…

Começamos o processo de composição no início de fevereiro e só não estive envolvido com esse disco durante as duas semanas que fiquei em Erechim gravando a banda Holiness… Por falar nisso, a Stephanie vocalista da banda, esteve em São Paulo para gravar a sua participação no nosso disco. Além da Stephanie, temos a participação de mais dois artistas, mas vou deixar vocês com um pouco de curiosidade…

Agora vamos para a próxima etapa, que é mixagem e não vejo a hora de ver isso na mão do Tommy Newton… Ele vai fazer essas músicas ficarem do jeito que elas merecem…

Antes da mixagem em Celle, na Alemanha, vou fazer uns workshops na Itália, e estou bastante ansioso para isso acontecer…

Para encerrar minha parte, vou dizer que vi a superação que cada um dos meus amigos antigos (Mello, Fábio e Martinez) e que estou muito, mas muito surpreso com nosso novo companheiro, o Humberto. Tenho certeza que vocês vão ter a mesma impressão que eu ao ouvir essas músicas… A pergunta será a seguinte: Quantos vocalistas têm nessa banda?

Outra peça fundamental foi o Sr. Adair Daufembach (Carneirinho, carneirãoneirãoneirão) e tenho certeza que ele nunca mais será o mesmo… Ahahahahahahahahahaha

Categoria/Category: Diário

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