postado por Aquiles Priester
Terminei! Terminei! Terminei!
Ao todo foram cinco dias de trabalho, um inteiro para a montagem e passagem de som e mais quatro para gravar as 12 músicas. No primeiro dia foram quatro músicas, no segundo duas, no terceiro duas e no quarto, quatro músicas. No segundo e no terceiro dia, deixei para gravar as piores músicas, pois já tinha passado a tensão do primeiro dia e eu já estava acostumado com o som da sala e do meu fone.
Gravação é assim mesmo, cada um tem um jeito que gosta de gravar e nem sempre é muito aconselhável mudar essas coisas…
No segundo dia, comecei pela música de sete minutos e meio, que nomeamos como Death Thrash Metal… Jesus, como essa deu trabalho… No dia seguinte, quando fui escutar o que tinha gravado, resolvi refazer toda a parte instrumental e isso fez minhas pernas amolecerem como no dia anterior ao final da gravação dela… No terceiro dia, seu eu pudesse comprar um par de pernas novas, eu teria comprado…
No último dia, enquanto eu passava o som e me aquecia, o Malisca (que logo apelidamos de Marisco ou Marica), entrou na sala para filmar uns takes e pisou no cabo de um dos meus “over heads” e desplugou o cabo do microfone… Infelizmente o Adair só percebeu isso quando eu já estava no meio da música e aí ele me disse a seguinte frase: – O caminhãozinho de merda estacionou, furou o pneu e a merda caiu por tudo!
LEGENDA: “CAMINHÃOZINHO DE MERDA PASSANDO”, SIGNIFICA QUE ESTAMOS VENDO QUE ALGO VAI DAR ERRADO E NÃO FAZEMOS NADA, OU SEJA, O CAMINHÃO ESTÁ CHEIO DE MERDA E DE REPENTE O PNEU FURA E AÍ JÁ NÃO TEM MAIS JEITO… TUDO SE ESPALHA…
No caso da gravação dessa música, que também era bem encardida, o caminhão tombou e advinha quem era o motorista? Sim, o Murphy e o navegador o Contrário…
Comecei tudo de novo e foi uma sensação horrível, pois todo esforço e concentração precisavam ser exercidos novamente, mas não teve jeito e foi isso que fiz. Duas horas e meia depois, a música estava pronta.
Nessa gravação eu utilizei caixas e pratos diferentes dependendo da velocidade das músicas e o resultado foi muito bacana.
Para matar um pouco a curiosidade de vocês, resolvemos fazer um vídeo com alguns trechos de músicas e com um pouco do que aconteceu no estúdio enquanto eu gravava…
O Marisca foi o responsável pela captação das imagens e também pela edição do vídeo.
Quero aproveitar e agradecer ao Renato Pimentel do estúdio The Magic Place, ao Adair Daufembach e ao Marisca pelo maravilhoso clima de trabalho que tivemos nesses cinco dias que estivemos juntos. O fotógrafo Antonio Rossa de Florianópolis, foi outra pessoa maravilhosa que conheci e ele fez uma excelente sessão de fotos que vocês podem conferir no site oficial http://www.hangar.mus.br/port/index.php
Toda gravação é diferente e excitante por que quando se está fazendo um disco novo, você nunca sabe o que vai acontecer, se as pessoas vão aceitar ou se vão entender o novo trabalho. Foi muito legal poder dividir todas essas coisas com esses caras, pois todos eles são músicos e me passavam confiança e vibravam com as boas idéias que surgiam na hora que eu estava gravando. Esse tipo de atitude constrói e o melhor de tudo isso, é que eu percebi que a vibração era verdadeira…
Agora vamos começar a gravar os outros instrumentos e vamos seguir com os diários e manteremos vocês informados. Por enquanto, dêem uma olhada nesse vídeo e espero que vocês gostem…
Link: http://www.youtube.com/watch?v=eqGhZ_5vfLo