postado por Nando Mello
Quando surgiu a ideia de irmos para um sítio no interior de São Paulo, mais precisamente em Tatuí, não imaginei que depois de quase 100 dias teríamos tanta história e estórias para contar. Iniciar um projeto do zero e terminá-lo no prazo com a qualidade necessária é um desafio que somente pessoas com muita fibra conseguem. Quando voltei para o sítio após 20 dias de ausência, foi exatamente isto que encontrei: garra, fibra e determinação. Estive aqui por três vezes anteriormente, em fevereiro e março para compor as músicas e em abril para as sessões de gravação. Durante este tempo, nas minhas caminhadas pelo pátio da casa onde estávamos (sim, eu caminho para pensar sobre tudo), eu sempre observava o que todos estavam fazendo e apelidei este momento coletivo de “surto criativo”. Momentos de superação em busca de algo maior, a satisfação através de nossa música e como elas poderiam tocar o sentimento das pessoas. Quando entrei na banda em 1999 imaginava que um dia poderíamos chegar até aqui e esperei longos 10 anos. Embora o TROYC tenha sido um disco maravilhoso e que irá ficar para sempre nas nossas memórias, como valeu a pena esperar pelo próximo. Independentemente do cansaço, dos momentos de espanação que poderiam ser júnior, master ou sênior (a pior de todas) o que eu sentia era a vibração das pessoas em busca deste ideal. Aprendi muito com o Sr. Adair “De novo” Daufembach, excelente profissional sempre focado em conseguir o melhor som de baixo que um disco do Hangar já teve e realmente conseguimos. O Humberto, nosso novo vocalista, profissional ao extremo e uma surpresa agradabilíssima como pessoa. Como sempre digo “as coisas não acontecem por acaso”: bem-vindo à família Hangar. A garra do Martinez, a ponderação do Fábio e com certeza a determinação do Aquiles em conseguir tirar o máximo de todos, fizeram com que estes últimos três meses fossem inesquecíveis para mim. A estes três loucos um agradecimento especial por dez anos de Hangar e obrigado por ainda estar “participando desta loucura”, o incrível sonho de “tocar em uma banda rock”. Quanto às músicas… bom isso já é um outro capítulo que em breve será escrito, pelo Hangar e por todos vocês que estão lendo este diário. Abraaaaçoo…