postado por Aquiles Priester
Olá amigos de toda rede net. Aqui estou mais uma vez para sintetizar para vocês tudo que aconteceu desde que deixamos São Paulo no dia 2 de fevereiro, rumo a Tatuí, interior de São Paulo, para reunir nossas idéias e compor nosso novo álbum, o sucessor do TROYC.
A aventura recomeça com o encontro de toda a banda no galpão onde deixamos nosso equipamento e para prepararmos a primeira carga do ano. Desta vez foi bem leve, já que estávamos levando somente um equipamento básico para ensaio. As expectativas das novas composições estavam presentes nas nossas conversas desde que definimos a data desses ensaios no final do ano passado.
Chegamos a Tatuí e em seguida fomos a um supermercado fazer compras, pois a parada final seria num sítio a cerca de 10km do centro da cidade. Logo após enlouquecer as pessoas no supermercado, ficamos cerca de uma hora parados devido uma chuva rápida e forte que pegou todo mundo de surpresa. Ficamos num posto abandonado.
Já era entardecer quando tentamos chegar por uma estrada de chão batido ao estúdio no sítio de um amigo do Fábio. De repente ele aparece do nada, o famoso “Contrário”. Tentamos subir uma lomba com barro e não conseguimos, ficamos atolados… Isso mesmo ATOLADOS. O Fábio foi o primeiro a ir atrás de socorro e a moça que estava nos guiando foi até o sítio buscar um trator para nos desatolar… “Às vezes me pergunto por que as coisas não são mais fáceis…” O próximo a deixar o carro foi o Martinez, que voltou com lama até o joelho e disse que queria entrar no carro, pois estava com frio e a chuva tinha recomeçado… Entrou… O Mello ficou com medo do carro não aguentar o peso do trailer e descer se esborrachando num rio, que ficava numa das margens da estrada e resolveu sair só de meia para não sujar seu único tênis…
Os dois ajudaram os nativos locais a encontrar um bom local embaixo do carro para colocar a corrente para nos rebocar… Tiveram sucesso! Após uma hora, chegamos ao sítio e não acreditamos no que vimos… O estúdio era um espaço maravilhoso e logo descarregamos tudo e começamos a montar todo o equipamento. Para comemorar fizemos nosso primeiro churrasco… A chuleta estava suculenta e gostosa…
Todos os dias nossa única rotina era compor, tocar, arranjar e ouvir o que tínhamos feito. Logo as músicas começaram a tomar forma e a média era uma música composta por dia. Num dos dias, tivemos sorte e terminamos duas músicas. Iniciávamos geralmente ao meio dia, almoçávamos às cinco da tarde e jantávamos quando terminávamos o trabalho do dia, que poderia ser meia noite ou três da manhã. Terminamos essa primeira fase da “Casa dos Autistas” com 10 músicas prontas. Durante um dos dias que estivemos por lá, um mini bugre local apareceu para assistir o ensaio. Primeiro ele ficou por perto da janela e depois o convidamos para entrar… Logo ele começou a conversar e durante nossa pausa para o café começamos tentar tirar as impressões que ele tinha gente… Perguntamos se os assustávamos e se ele achava estranho alguma coisa que estava acontecendo por ali… Demorou um pouco, mas ele disse que tinha achado estranho uma coisa que tinha visto um dia antes… Falou que viu um de nós andando pela varanda indo e voltando várias vezes, mas o que achou mais estranho era que essa pessoa não fazia nada, apenas caminhava de um lado para o outro sem esboçar nenhuma reação… Depois de o pressionarmos muito, ele apontou para o Mello… Ahahahahahahahahaahah!!!!!!!!!!!!!!!!
O Mello faz isso mesmo! Com certeza ele deve andar uns 5 km por dia até dentro de uma salinha de ensaios… Todos os dias ele fica andando de um lado para o outro cantarolando algumas melodias…
Vamos nos reunir novamente no dia 5 de março para finalizar as composições e os arranjos finais. Começo a gravar as baterias lá pelo dia 20 de março. Na segunda vez que nos encontrarmos, nosso novo vocalista já estará conosco para trabalhar junto com a banda nas melodias vocais. Sim, já testamos vários cantores e estamos na fase final da seleção.
Ah, por falar em música, posso garantir que pelo esboço dessas composições, vamos ter um grande disco com tudo que as pessoas esperam de um disco do Hangar. Peso, melodia, bom gosto e muita velocidade. Temos uma nova música, que com certeza será nossa mais brutal composição com o andamento em 215 bpms. Também temos músicas mais cadencias e também algumas composições bem mais lentas que a Call Me in The Name of Death, que mostra nosso outro lado, mais melódico e mais maduro.
Estamos bem felizes com a nova forma do nosso novo disco e mal podemos esperar para dar mais notícias para vocês.
Desde o dia 15 de fevereiro, estou em Criciúma acompanhando a gravação das baterias da banda de Erechim. Vamos terminar a produção da banda na cidade deles em duas semanas. O Sr. Adair Daufembach está comigo. No dia 5 de março voltamos para São Paulo direto para o sítio, para finalizar as músicas e então me preparo para o estúdio novamente. Vou manter vocês informados sobre tudo que vai rolar durante o processo de produção desses discos…
Espero que vocês estejam todos bem.
Um grande abraço e o Mello, Martinez e o Fábio mandam lembranças a vocês!!!
Aquiles