Hangar: Diário especial de gravação – Baseado numa história real
Postado em 21/05/2009


postado por Humberto Sobrinho

Olá Família do Hangar, primeiramente, gostaria de dizer pra vocês que é uma enorme satisfação estar escrevendo o meu primeiro diário como vocalista dessa banda que vocês amam e que ama a vocês!!! Realmente esses caras têm paixão pelo que fazem e, acima de tudo, RESPEITO PELOS FÃS como poucas bandas.

Confesso que no início, pensei que dificilmente a banda pudesse compor um disco tão bom como TROYC, que é um disco excelente, num espaço curtíssimo de tempo e com gravadora estipulando prazo. Isso me deixava um pouco receoso, pois o momento era bastante delicado também pelo fato de eu estar entrando numa banda do nível do Hangar, substituindo outro vocalista, gravando um disco antes mesmo de, sequer, fazer o primeiro show com a banda, etc.

No entanto, quando vim ao sítio pela primeira vez e vi aqueles “loucos” compondo e arranjando as músicas, comecei a imaginar como elas soariam finalizadas. Naquele momento percebi que realmente a coisa estava fluindo da melhor forma possível. Isso me deu a confiança necessária para entrar de cabeça na loucura deles. Foi uma grande surpresa, pois além de ver pessoas determinadas em fazer mais um grande trabalho, pude ouvir a quantidade de músicas maravilhosas que eles estavam compondo. Difícil falar a que mais gosto, pois todas são excelentes. O que mais me chamou a atenção foi a variedade de andamentos, riffs, harmonizações e PRINCIPALMENTE, melodias instigantes. Como a banda amadureceu!

A partir daí comecei a pensar na melhor maneira de encaixar a minha voz nas músicas, se cantava limpo ou rasgado, claro que a minha maior preocupação era com a interpretação de cada palavra, cada frase, cada momento, contexto da letra, melodias, tudo deveria estar em sintonia com a música. Tive muuuuuito trabalho com tudo isso e numa pressão fora do comum, devido ao prazo curto, mas, aprendi bastante com tudo isso e com cada integrante da banda.

Fora isso, eu tinha outras atividades, como correr ao redor do Sítio e geralmente o Buzz corria junto, além do Martinez, que me aconselhava sobre dietas e muito blá, blá, blá, hahahahaha!!!

O Mello, sempre tranquilão, nos intervalos correndo pra TV à procura de notícias sobre futebol ou simplesmente andando de um lado para o outro da casa, sem chegar a lugar algum, hahaha!

Comecei a gravar no dia 15 de Abril. Gravava durante muitas horas sem parar até todos ficarem satisfeitos, inclusive eu. Em média fazia 250 takes por música!!! Pensam que é fácil gravar um disco como esse? Não sei como agüentava tantas horas cantando todos os dias. Acredito que a determinação da banda toda tenha me inspirado a superar meus limites, além de minha vontade de querer fazer parte de um disco singular como esse que, em minha opinião, é uma excelente continuação do TROYC. Em seguida já gravava todos os backings pra ver como soariam na música, mesmo sem os arranjos de teclado. E o resultado sempre me surpreendia.

Embora o Laguna já tivesse algumas ideias em mente para os arranjos de teclado, ele sempre os colocava após a voz gravada para valorizar a música como um todo. Aliás, ele deixa o que já está soando muito bom, soando muuuuito melhor. O cara é um gênio!!! A cada novo arranjo eu me assustava mais, tamanho o bom gosto dele.

O Adair “Carneiro Maldito” Daufembach, estava sempre atento e não deixava passar nada, registrando (gravando) todos os momentos, pois saibam que tem bastante coisa que improvisei na interpretação final. São momentos únicos e mesmo que eu tentasse reproduzi-los em seguida, não soariam iguais… mas agora vou ter que fazer tudo novamente ao vivo, hahaha!

O Aquiles, sempre dando ideias muito boas aqui e ali, atuando como produtor do disco, além de observações fundamentais para o bom andamento dos trabalhos. Às vezes, inicialmente eu não entendia muito bem as suas idéias, mesmo assim as executava, confiando na experiência dele. Quando eu ia ouvir o resultado era outra surpresa, boa é claro! “Ao término dos dias”, lá pelas 4 da manhã, o Aquiles pegava seu Ipod e ainda ficava ouvindo no quarto o que tínhamos gravado, conferindo várias vezes e anotando tudo.

Hoje, dia 11 de Maio, terminei a minha parte, ufa! Um fato curioso… a última palavra que gravei nesse disco foi Life… Não vejo a hora de cantar a primeira palavra do próximo!!! Agora vamos nos concentrar nos ensaios para o meu primeiro show com a banda na virada Paulista, na cidade de Caraguatatuba às 2 da manhã do dia 17.
Pra finalizar, gostaria de agradecer de coração à todas as pessoas que de alguma forma me apoiaram para que eu estivesse aqui nessa nova jornada com o Hangar, e dizer que estou muito feliz por fazer parte deste grande time de loucos. Aguardo vocês nos shows. Abração!

Categoria/Category: Diário

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